A crise que atingiu os hotéis, atingiu de igual forma plataformas como a Airbnb, bem como todos os proprietários de alojamento local, em todo o mundo. Numa primeira fase, a plataforma alertou todos os seus clientes para os riscos de viajar, diretamente no seu website. Mas no mesmo website e em poucos dias, fez mudanças estruturais, que provavelmente em tempos diferentes, demoraria meses a concretizar, para se ajustar às alterações de mercado.

Fonte: Foto disponibilizada no artigo de opinião de Matthieu Mauguin, do Website da Airbnb, em março de 2020.

Incorporaram novas experiências online, que os seus utilizadores podiam participar, a partir do conforto da sua casa. Decidiram também alterar a sua estratégia de arrendamentos de curto prazo para longo prazo, e de ambientes citadinos, para localizações remotas, no fundo indo ao encontro do que o mercado procurava nesse momento. Este acompanhamento permanente das necessidades do consumidor fez com que a Airbnb conseguisse alterar a sua realidade e encontrar uma oportunidade diferente para gerar novos rendimentos.

Aliás podemos observar no seguinte gráfico como os players de arrendamento de casas mostram uma tendência de recuperação superior aos restantes players da indústria, neste caso nos E.U.A.

Fonte: Global Digital Hospitality Recovery During COVID-19, Steve Solinsky & Alisha Kapur.

Os hoteleiros, por sua vez, poderão também repensar a sua operação e, em vez de centrarem o seu pensamento na oferta de noites, pensar alternativamente em como captar a comunidade local com os restantes serviços oferecidos pelo hotel, nomeadamente de restauração, de Spa, de actividades, e ainda formas de rentabilizar os quartos, nomeadamente com a proposta de este ser um escritório durante o dia. Aliás, este diferente mind-set permitirá encontrar mais pontos de conexão com a comunidade local, podendo, no futuro, o hotel ter maior rentabilidade, não só dos seus segmentos tradicionais que voltarão a existir, mas também de novas oportunidades que foram trabalhadas durante esta crise e que poder-se-ão manter para o futuro.

Fonte: Foto no artigo de opinião de Matthieu Mauguin, do website Airbnb, em Setembro 2020, dirigindo-se à comunidade local

Adicionalmente, e ao contrário de muitas OTA’s (online travel agencies), a Airbnb seguiu uma política de comunicação aberta e clara, para todos os envolvidos, desde clientes, a proprietários das casas, bem como os seus colaboradores, saindo provavelmente com mais força, depois desta crise, pela relação de confiança desenvolvida com os seus stakeholders. Veja aqui a carta exemplar escrita pelo CEO Brian Chesky, relacionada com o layoff de alguns trabalhadores: https://news.airbnb.com/a-message-from-co-founder-and-ceo-brian-chesky/

Compreender as expectativas dos consumidores é fundamental para determinar novos serviços, bem como, iniciar hoje, aquilo que será a indústria hoteleira do futuro.

Sobre a marca Airbnb

A Airbnb, plataforma online e comunidade global de viagens, tem como objectivo, de uma forma resumida, oferecer aos seus hóspedes:

• Um alojamento para cada tipo de viagem, desde uma casa na árvore à mais luxuosa vila na praia;
• Experiências Únicas, envolvendo a comunidade local;
• Anfitriões que verdadeiramente se preocupam, apostando em Kpi’s e métricas a atingir pelos mesmos.

Fontes:
https://www.hospitalitynet.org/opinion/4100678.html
https://www.similarweb.com/corp/reports/global-hospitality-trends-post-covid/